Pescaria de Tucunarés no Rio Grande em pleno inverno
Pescaria de Tucunarés no Rio Grande em pleno inverno – Confira neste artigo o relato de uma pescaria realizada com muito frio, e alguns peixes embarcados.
Neste post vamos trazer o relato de 3 pescarias realizadas em Maio e Junho de 2021 na represa Mascarenhas de Moraes no município de Delfinópolis – MG.
Pescaria de Maio
Era final de maio, e as temperaturas vinham despencando muito, mas mesmo assim decidi me arriscar em uma pescaria, como eu já sabia que o dia não seria fácil, resolvi levar lambaris vivos, e iscas softs, já que a tendência era de que o tucunaré estivesse mais manhoso.
Neste dia estava ventando muito, e o tempo estava nublado, então a água acabou ficando ainda mais gelada, comecei a pescaria por volta das 06:40 da manhã, e somente após às 10:00 que comecei à avistar os primeiros tucunarés.
Enquanto eu batia as iscas artificiais buscando pelos peixes, deixei uma segunda vara na lateral do caiaque corricando um lambari vivo, e nesta vara fiz apenas um leader com monofilamento 0,43 e um anzol anti-enrosco na ponta.
Após muito remar o primeiro peixe do dia bate na isca viva, era um tucunaré amarelo pequenininho, mas pelo dia difícil já estava valendo.
Continuei remando, e insistindo nas artificiais soft, e meia água, e eis que aparece um azulzinho que também pousou para a foto.
Continuei pescando, alguns peixes bateram na isca soft, mas por serem muito pequenos o anzol não chegava a fisgar, e na região onde estava pescando havia muito enrosco na água, então era impossível usar um assistant hook.
Durante a pescaria o tempo foi fechando, e começou a chover, com isso a água foi ficando mais agitada, sendo forçado a terminar a pescaria mais cedo para não correr nenhum risco, mas com vontade de voltar para pegar mais tucunas.
Pescarias de Junho
Em junho realizei 2 pescarias seguidas, uma no sábado, e outra no domingo também em Delfinópolis, porém desta vez foram em pontos diferentes, e a situação de pesca foi muito surpreendente.
No sábado pesquei próximo a balsa que interliga os municípios de Cássia e Delfinópolis, e realizei a pescaria nas margens de Cássia.
Cheguei bem cedo na balsa, já comecei a preparar o caiaque, e desta vez a minha aposta seria novamente nas iscas softs, e iscas vivas, já que pelas temperaturas baixas eu esperava que o peixe estivesse manhoso, e no fundo.
Neste dia eu havia levando uma câmera para registrar a pescaria, e quem sabe filmar alguns ataques, mas por um descuido meu acabei deixando ela cair na água sem a caixa de proteção, e infelizmente nenhum dos ataques do dia foi filmado.
Esse foi uma das poucas imagens que recuperei das primeiras remadas do dia:
Já nos primeiros arremessos alguns peixes começaram a seguir a isca soft, mas não batiam, então fui identificando um padrão de comportamento do peixe, ele estava bem escondido dentro dos arranhas gato, então minha estratégia foi pescar mais próximo da margem passando a isca pelas estruturas.
Eu estava sem chumbos bullet, e sem estopers, então tentei fazer uma adaptação improvisada com uma chumbada para buscar os peixes mais no fundo, já que quando chegavam na superfície não estava batendo, mas não deu muito certo, então voltei para o anzol lastreado mesmo.
Entre vários arremessos, e alguns KMs depois, o dia foi ficando mais quente, e então avistei um cardume de tucunas batendo na superfície, arremessei uma zara, e um deles bateu, mas errou o ataque, arrisquei mais duas vezes, eles seguiram a isca, mas não atacaram, então troquei de vara, arremessei uma e-shad 9cm, dois tucunas erraram o bote, e quando a isca estava chegando bem próximo do barco, tive um ataque bem forte, e um amarelinho foi engatado, este saiu para a foto.
Logo na sequência que fisguei este tucunaré tive outro ataque na vara que estava curricando um lambari vivo, mas o tucunaré acabou se enroscando e escapou.
Ao longo do dia tive mais algumas ações, mas os peixes acabaram escapando, mas esta pescaria me surpreendeu muito, pois mesmo com o frio, os peixes estavam atacando bem as artificiais.
No dia seguinte fui para um rancho nas margens de Delfinopólis, e neste local por ser mais reservado prometia mais peixes.
Logo de manhãzinha desço o caiaque, e começo a procurar por vegetações na água, já que no dia anterior havia tido muitas ações nestas estruturas.
Encontrei um ponto do rio que havia muita vegetação então comecei a dar meus primeiros arremessos, e os peixes começaram a aparecer.
Quanto mais vegetação tinha, mais ações na isca aconteciam, mas pelo excesso de vegetação os peixes estavam enroscando muito, ou acabam escapando, mas mesmo assim continuei insistindo.
Notei que alguns peixes estavam apenas seguindo a isca soft, e notei que isso estava acontecendo porque a isca não afundava o suficiente, então passei a buscar por locais mais limpos, e em alguns pontos me afastei um pouco da margem, e o que eu fazia era:
Arremessar a isca soft por cima da vegetação para encontrar o peixe, e depois arremessava uma isca de meia água inna 60 para tentar capturar o peixe mais ao fundo, e não demorou muito para capturar o primeiro.
Era um tucunaré amarelo já maiorzinho que os peixes do dia anterior, e notei que junto dele havia mais peixes, então antes de soltá-lo, deixei ele na água com o boga grip amarrado na lateral do caiaque, continuei arremessando, e bateu outro, então vamos a foto:
E com estes peixes encerramos a nossa pescaria de tucunarés no Rio Grande, lembrando que todos os peixes capturados foram soltos.